sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Revelação














E dizem eles que se querem,
Pastores de rebanhos fugidios,
Quando se esfolam e se traem
À rapidez com que rumam os rios.

Não sejam sinceros, por favor!
Matem o próximo se querem viver!
Já foram rasgados os traços do amor
Corrompido! O dia da noite há-de nascer.


Porque um dia acordas e já não vês o que vias. Quando a revelação acontece jamais sentirás como sentias. Alteraram-se as leis.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Porquê.


Mais do que escrever, mais do que ler comentários de outros que me leêm, mais do que comentar palavras e ideias de outros, gosto de ter um blog para poder ler o que escrevo. Não me tomem por narcisista...

Gosto da nostalgia desperta por palavras antigas. De reviver as emoções que um dia senti.

O tempo tem a capacidade de atenuar sentimentos. Claro que tinha mesmo de ser assim, julgo que seria incapaz de viver sentindo todas as emoções de toda a minha vida acumulada e simultaneamente. No entanto, isto pode ser também cruel. Por vezes, esquecemos a grandiosidade de pequenos momentos, de como uma certa pessoa nos fez reagir com um gesto inesperado da sua parte, da tristeza de não obter determinado objectivo que com o tempo se tornou fútil, mas que naquele momento era todo para nós. Não será este o processo que domina a perda de identidade?

Assim... Gosto de ler o meu blog. Gosto da ideia de que é possível refugiar-me na minha vida e vê-la de novo passar na tela, revivê-la cá dentro onde ninguém mais pode chegar porque mais ninguém pode sentir por mim.

Sorrio. Concluo que todo o passado, melhor ou pior, me faz sorrir. Aprendi e cresci com tudo o que vivi e consegui renovar o que tinha arquivado.

Finalmente, percebo. A verdade é que nunca esquecemos realmente o que vivemos. Podem faltar os rostos, os lugares, as datas (ou os blog's) mas toda a recordação está presente e cravada na nossa personalidade. Somos assustadoramente modificados pelo que vivenciamos. Seremos nós o que vivemos?

Ainda assim, gosto de ler palavras minhas. De certa forma, elas são a minha vida e, por isso, fazem-me crescer.



Fiquem com a estrada da vida...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Pensamentos...

Bem... quando o dia se resume a acordar, comer e ir pra biblioteca estudar; voltar a casa pra comer; voltar pra biblioteca estudar; voltar pra casa, comer, estudar e dormir... Não se pode exigir muito das pessoas!

O estudo em excesso pode ter inúmeros efeitos adversos, prova disso é "O" diálogo de hoje:
- "A que é que sabe o cholé?"
- "Sabe a cholé!"

Só mentes brilhantes ocupam o seu tempo a pensar em questões com a complexidade patente nesta conversa! Palavras sábias de estudantes universitários que, apesar da exigência intelectual que a época de exames representa, se interessam ainda assim pela essência da vida!!

domingo, 10 de junho de 2007

To be or not to be

Se a fome é negra, porque é que a cor da fome é o amarelo?!

sexta-feira, 8 de junho de 2007

(i)Nexo

Queres?
Desejo concretizar o que desejo.
Mas queres porquê?
Porque ver o meu sonho concretizado é o meu sonho.
Há tanto que podes ter...
Tu vais fazer com que o impossível deixe de o ser.
Cuidado com o que pedes!
Cuidado com o que dizes!
Vamos a isso. Mas, ouve primeiro...
Pessoas que não têm nada, desejam tudo.
Pessoas que tudo desejam, desejam por desejar... Não sabem o que desejam.
O desejo é pai da insatisfação, e a insatisfação é mãe da tristeza e da obcessão.

Desejo é morte quando controla as nossas vidas e traça os nossos rascunhos de lápis a caneta.
(Talvez sem nexo, mas isso não é o mais relevante... Pode ser que daqui a uns tempos perceba onde queria chegar...)

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Impecável


E a vida continua... E é na boa... Sempre em altas. Isto porquê? Questionam-se os estimados leitores deste estupendo, realmente fantástico e quiça brutal blog! Ora bem... Não querendo faze-los sofrer de ansiedade e não querendo roubar-lhes o vosso preciosíssimo tempo ( isto é fala à Cabrita's man) passo a adiantar os factos....
Ontem, a minha equipa (GTB Fut Clube) conquistou o 2º lugar no campeonato, após a vitória contra a equipa de dentária do 2º ano (fraquinha, por sinal =P).... 3.1... a conta que Deus fez! Jogo impecável... lutado até ao último minuto! E eu descobri que sou uma Sheimite e que pra próxima época o estrangeiro é uma forte hipótese, obrigada MANAGER pela FORÇA! E injustiça das injustiças... ficamos em 2º lugar, mas c os mesmos pontos da que ficou em 1º! Mas pronto! É campeonato, é campeonato! E mais nada!
As jogadoras... Me, Joana a guarda-redes maravilha, Mariana aquela que não teme a bola, o chão, nem nada que apareça pela frente, Sónia a dupla de centrais SS tá lá, Xica sempre equilibrada, Abna conseguiste marcar o golo da glória! ALLEZ
Hoje, obviamente temos de ir comemorar... Cyber dá bebidinha à borlinha! E a Hangar espera por nós!
Quem também vai esperar por mim é a minha segunda paciente (da minha vida) que tem consulta amanhã às 2h da tarde... o máximo que pode acontecer é eu adormecer a meio da consulta, mas isso são meros pormenores, brisas raras...
Pronto tá tudo dito.... Hoje também montei pela primeira vez um articulador... aquela cena e mesmo malaica! Nunca deixem montar uma cena daquelas a um filho vosso, que o puto vai ficar a pensar que é um E.T. para o resto da vida! É melhor ter os dentes tortos do que ficar traumatizado por causa destas coisas!
Já agora, Prof Octávio "a menina dos óculos azuis fashion" não se chama Sandra, chama-se Susana!
Great days... and the sun shins again!

terça-feira, 29 de maio de 2007


Preciso de um popó!



P.S.: Urgente!

sábado, 26 de maio de 2007

Uma Praga

Hoje. Ainda é só meio-dia e este já é mais um dia para esquecer... O motivo nem sequer o digo porque é demasiado superficial para ser compreendido por outros que não o sentem.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Dias assim


Há dias assim...

Nada parece certo. Paciência, disposição, alegria, ânimo, esperança... Evaporam-se por motivo nenhum e fica o vazio.


Queremos justificar este estado e pomo-nos a pensar no que a vida nos dá e no que queriamos que ela nos oferecesse e chegamos à estranha conclusão de que somos priviligiados por tudo o que temos, de que deviamos estar gratos pela sua generosidade. Mesmo assim, não basta. Entrámos no túnel e não conseguimos sair dele.


O sol não brilha, a energia esgota-se. Comigo é assim e não consigo mudar. Marco cravado à nascença.


E vem a tristeza e a solidão. Mesmo tendo pessoas à minha volta, não me sinto com ninguém. Não estou a ouvir. Ouço esse barulho de fundo que se multiplica na minha cabeça e que não me deixa pensar. Não estou a ouvir. Respondo automaticamente. Mas não me levem a mal, não tem nada a ver convosco, sou apenas eu. Os computadores também precisam de processar, por vezes até precisam de novas ventoinhas e eu hoje sou um moinho e este texto está a ficar uma confusão. Espelho do meu interior.


Escrevemos como nos sentimos. Se me sinto no meio do caus e não tenho discernimento, escreverei compulsivamente sem pensar se faz sentido ou não. Frases bonitas, rimas, metáforas... Não há paciência, disposição, alegria, ânimo!


Não é que me sinta triste ou só... Só preciso de me refugiar, não dos outros, mas de mim mesma. Também não me sinto feliz ou euforica. Neste momento sou cinzenta como o céu que tá la fora.


O melhor de tudo é que há sempre um novo dia que pode ser melhor que o anterior e que nos fará desejar que venha outro igual a seguir. E se vier de novo um dia mau, encontraremos de novo a esperança de que o outro será melhor... E vivemos neste ciclo que nos faz crescer no meio da ansiedade e nos dá o stress e a angústia, pois nunca sabemos como vamos acordar na nova manhã que nasce todos os dias de todos os séculos. É o ciclo sem fim que nos guiará até encontrar-mos o nosso caminho.


Amanhã acordarei revigorada e vou sorrir. Hoje, peço desculpa, mas não vai dar.


sábado, 19 de maio de 2007

Regresso


Grande pausa... depois do fulgor da novidade segue-se sempre um período de acalmia, o conhecido "fechado para balanço". =P

Infelizmente também fiquei semm nada no pc, devido a 34 erros de disco que me limparam tudinho. Mas B. G. volta ao seu lugar!


Está oficialmente aberto o Campeonato Feminino de Futebol de 5 da Assoc. de Estud. da UCP VISEU... A minha equipa é GTB Futebol Clube, eu sou defesa. Já jogámos um jogo, contra Serviço Social, o qual ganhámos por 2-1 =) Para a semana há mais!
P.S.: GTB = Gajas Todas Boas! lol

quarta-feira, 2 de maio de 2007

SURRI


Momentos simples são os momentos mais doces... Aqueles que nunca se apagam da memória porque ela se alimenta de açucar!

Eu... Simplesmente feliz!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Loucura


Terça-feira, dia do desfile da semana da académica de Viseu do meu 3º ano.
Já não tinha um dia tão louco há tanto tempo! Toca a escrever, para nunca me esquecer que a vida pode ser tão tão tão boa.

Acordo, por volta uma da tarde. Banho!
O almoço tá marcado, casa do Pinxexo. Cheguei! Camarão tigre !do Douro! para entradas e carne, arroz e batatas fritas, para variar. Tudo isto regado com sangria e uma cena malaica a saber a limão, com 30º de álcool... Fraquinho!
Temos de ir, o desfile começa as 2h30. Levamos whisky-cola, óculos de sol e a bandeira de Angola (deixem jogar o mantorras).
Pelo caminho paramos no chinês. Compram-se mais óculos de sol, muita giros!
Enfim chegamos... já tá tudo em altas. Toca a andar!
O melhor... Eu, a Só e Joana damos um mergulho no lago da rotunda. Fui com mala e tudo... muito bom!
Lá fomos... todos molhados pelas ruas de Viseu... é belo! Dentária tinha dois carros, só um é que concorreu, nem em 5º lugar ficámos. Bom.
Casa, roupa para a máquina, eu para a banheira.
Jantar na cervejaria, carne com batatas fritas e arroz, para variar. A seguir é no Cyber, e depois Bica da Sé.

O Sr. Duarte (funcionário da clínica), como se não bastasse ter ido para o hospital à tarde devido à queda do carro do desfile, decidiu roubar o chapéu da esplanada do Bica... Teve de ir à esquadra para ser identificado. É bonito!

Pavilhão, Quim Barreiros e Paulo Gonzo. Quim a bombar. Paulo Zonzo muito à frente.


Frases de Paulo Gonzo:
"As melhores quecas não se dão, levam-se!"
"Eu não sou homosexual, sou homossexual passivo."
"As raparigas de Viseu são muito giras, mas os rapazes... Ai!"
Tudo verídico!


Bem... O Paulo chamou um menina para o palco e quem foi? Quem? Eu! lol! Mais a Só, a Joana, e a Andreia. Foi o alto!!! Cantar Jardins Proibidos no palco com as minhas amigas e o Paulinho Zonzo... Louco!
Ora, não sei a que horas cheguei a casa, sei que na quarta me levantei às 2h da tarde, comi e voltei para a cama.

Já agora, o meu telemóvel também adorou o banho da rotunda! Desligou-se e passados dois dias inteirinhos ao aquecedor acordou para a vida! Está impecável! Já sabem... SonyEricsson é que é!

E pronto... foi assim! Mais uma prova de que a vida é para ser vivida e aproveitada.
Para o ano há mais!




terça-feira, 17 de abril de 2007

Letra para um Hino


Em continuação ao post anterior, aqui fica mais um recado... Desta vez, um hino à liberdade.

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo.
É possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.

Manuel Alegre

segunda-feira, 16 de abril de 2007


Pobre daquele que não sabe por onde vai. Melhor, pobre daquele que não sabe por onde vai, nem por onde não vai. Depois falam em jornadas, viagens que não levam a lugar algum.

Antes mesmo de conhecerem já têm a convicção de que não vão gostar. Mas O desconhecido é tão bonito! Que seria da nossa felicidade se não fosse Ele?

A felicidade está em cada pedra por xutar, em cada esquina por dobrar, em cada sensação nova a experimentar. Não somos felizes quando crianças?! Pois aí tudo era desconhecido. E era tão bom!

Texto emotivo... Não consigo compreender os outros que se escondem e assustam com o fulgor acutilante da surpresa. É precisamente ele que nos dá o sentido da vida e o compasso da respiração.

Que tenham medo, que caiam, que quase morram porque quiseram e foram em frente, rumo ao desconhecido. Se não for "aquilo", deêm meia volta e voltem ao ponto onde estavam - ao mesmo ponto jtalvez nunca voltarão, porque tudo nos modifica - e recomecem; se for "isto" sorriam, pois alcançaram o novo patamar, o patamar dos guerreiros da vida que não renunciam à novidade que ela nos propõe, e vivam!
Vivam, vivam, vivam!




sexta-feira, 13 de abril de 2007

Duas Faces


O que para a lagarta é a morte, para os outros é uma borboleta.


Não olhem apenas para o lado negro da realidade....

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Palavras


Adormeço. Acordo. Que pensamento me assalta a esta altura? É quando tudo fica turvo que eu consigo ver com mais clareza.

Cartas. Diálogos. Qual deles o mais valioso? O sentimento de uma carta ou a expressão de um discurso?

Sempre preferi falar. As palavras pedem outras palavras. Posso moldá-las à medida que as profiro e à medida que vejo as reacções de quem as ouve. Raramente não consigo dizer o que quero.

Do outro lado, está a carta. Outro modo de comunicação. Tão válido como o anterior?

Ao escrever não podemos ver a expressão dos outros. Um texto pode ter várias interpretações, e não vamos estar lá quando ele for lido. Preocupante.

Poder-me-ão também dizer que a carta é mais comprometedora, pois fica registada no tempo e no espaço. E palavras, leva-as o vento. Mas então que se dará à capacidade e coragem de enfrentar o outro e dizer-lhe o que tem de ser dito ali, cara a cara?

Escrevo e não se me afigura resolução concreta alguma. Se calhar, o valor é dado subjectivamente, por cada um de nós, dependendo da situação, do mansageiro e da necessidade que temos de dar um significado àquilo que nos chega. Seja escrito, seja falado.

Rascunhos de uma aura, numa noite em que não há estrelas e a porta do telhado foi fechada. O fumo, esse vagueia.

Prefiro palavras. Nada ultrapassa a sua força, e quando acompanhadas de um olhar tornam-se imortais. A memória guarda o que tem de guardar e o vento não transporta algo tão sagrado.

Fico assim à espera delas. As palavras.

terça-feira, 10 de abril de 2007

It feels like home

Mergulhei... Já não sou eu.
O que era, deixou de ser. Esqueço tudo.

Alegrias, tristezas, obrigações, frustações, desejos mais profundos... Vão sendo largados ao acaso, braçada após braçada. Adeus.
Ali existem apenas eu e tu. Estamos no nosso eterno campo de batalha que é azul em cima e azul em baixo, tal como o meu lugar.

Luto contra ti. Quanto mais acutilante fores, mais me apetece vencer-te e ultrapassar-te. Será também assim a dinâmica da vida? O sabor da vitória é sempre mais doce quando foi amarga a sua conquista!

Finalmente, o meu cansaço já não me permite lutar mais e a luta acaba. Tu cedes e dás-me o melhor que tens. Calma, refúgio, paz.

Obrigada pela vida que me dás.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Hoje... menos bom.

São 9h, parto daqui rumo a L. com uma missão: pagar a minha primeira multa. Boa maneira de começar o dia, não?
Sabiam que são precisos 60 euros para aprender que não devemos estacionar em lugares reservados a deficientes? Tudo tem o seu preço e estamos sempre a aprender!!
Como se isto não bastasse, hoje é o último dia de férias. Na realidade, para mim o últim dia de férias já não o é porque ando preocupada em arrumar o quarto, não me esquecer de nada, fazer malas, não me esquecer de nada, apanhar o autocarro, não me esquecer de nada... E no fim há sempre alguma coisa de que me esqueço. Além disso, já só penso nas coisas que tenho para fazer, naquilo que deveria ter feito nas férias, nas aulas que vou ter...
Bem... não vale a pena lastimar-me. Não gosto de o fazer.
Na verdade, acho que já tive dias piores. ;)

domingo, 8 de abril de 2007

"Parvalizado"



Como tu não há ninguém...

Genuíno, interessante, engraçado, sincero, louco, simpático, verdadeiro, forte, inteligente, surpreendente, mágico, poderoso. Sei lá, adoro-te M. Fazes-me rir, tens boas vibes, és meu amigo.

You are my Guru!



"É impossível dominar uma coisa simplesmente maluca!"

Pensar nem sempre ajuda

Ontem, mais uma daquelas noites.
Eu, A, G, M, D... tempo bem passado, com algumas das últimas pessoas que valem mesmo a pena. Amigos que me acompanham desde que me lembro de ser eu mesma, amigos que eu acompanho desde que eles se lembram de ser eles próprios. Laços destes já nunca se irão quebrar.
Com a idade, com os erros, com as quedas aparatosas que nos acontecem sempre uma vez na vida eu cheguei à conclusão de que já não vale a pena tentar travar uma amizade. Agora, já somos demasiado construídos, aperfeiçoados, dissimulados, artificiais. Já sabemos demasiado bem o que queremos, o que é melhor para nós... Já não conseguimos abandonar o nosso orgulho e partir para a inocência que é necessária para "criar" uma verdadeira amizade, como aquela de que desfrutamos quando crianças. A tal inocência que já Caeiro nos falava. E como eu gosto de o descobrir!
Cheguei a um ponto em que me apercebi que dificilmente conseguirei aumentar o meu círculo de amigos. Os que tive até aqui e que se mantiveram até hoje são, na melhor das hipóteses, os que vou ter para o resto da minha vida. Tudo o mais são meros conhecimentos, meras relações fugazes e efemeras que já nem eu sei para que existem. Resta-me cuidar daquilo que conquistei.
Chamem-me pessimista. Talvez também já tenha perdido a tal inocência. Até podem estar certos. E eu gostava que estivessem, e que isto não passasse de meros devaneios da minha parte. Era tão reconfortante!

sábado, 7 de abril de 2007

New Chptr


Na tristeza

há sempre uma esperança

de um dia a tristeza

não ser mais triste, não.


Abri um novo capítulo na minha vida.

A esperança agarrou na minha mão, fê-la rodar sobre si e eis que abro aquilo que permaneceu distante e intocável durante tantos anos. Tantos.

Abri o portão... A luz está agora visível aos nossos corações. Será que algum dia chegaremos lá? Àquele lugar onde todo o ser humano ambiciona chegar; até ele, somos levados pelos sentimentos. E lá só chegam os mais autênticos, os verdadeiros.

Sentiste a tensão na minha voz... Eu nunca tinha aberto um portão premeditadamente!

Ficaste surpreendido... Quando eu penso demais, acabo por não concretizar todos esses pensamentos.
Sou uma idealista, nunca nada está suficientemente perfeito ou acabado. Posso sempre fazer mais, ou menos, ou de maneira diferente. Ou posso até não fazer nada. Assim, preferi arriscar, não pensar no depois... Ou, o tempo foi o bastante para me permitir tomar uma decisão há muito pensada, amadurecida e, também, adiada.

A partir de hoje tudo pode acontecer. E é tão quente esta sensação de nascer de novo. Quero senti-la, prolongá-la, sorrir-lhe. Tu gostas do meu sorriso!

Vou passar-te a esperança. E aqui estamos nós, neste mar, sendo levados pelos sentimentos.

quinta-feira, 29 de março de 2007

São boas vibrações


Hoje é Disco Night! =)

quarta-feira, 28 de março de 2007

Mundo descontente


Ele escreveu... "Não vou procurar quem espero, Se o que eu quero é navegar".

Eu, que espero, também não vou procurar. A única diferença está em que eu já ando a navegar.
Levo adiante uma travessia que está imersa em pensamentos confusos, que não me abandonam.
Desejo de evasão. Cansaço do timbre. Impaciência nas palavras. Sensações sórdidas, vazias... Sensações que já não o são mais, porque o corpo está, mas a cabeça vai longe.
Não vou procurar O que espero, porque tenho medo de perceber que a ilha, afinal, era outra. Por isso, prefiro ir navegando. Além do mais, acho que há mais que um navio à deriva neste oceano. O meu e O que espero.
Assumo, quero encontrá-lO. Não por agora, que as águas estão agitadas, as nuvens cinzentas e o vento não sabe que direcção tomar. Mas, quando encontrar a minha verdadeira rota, talvez o sol volte a brilhar.
Se não a encontrar eu, O que espero encontrará. E se não encontrar, é porque a minha desorientação neste mar, onde não há sinais de qualquer porto, não é um acaso, mas sim um desígnio mais alto que se impõe. É porque não tinha de ser. E contra isso não poderei lutar.

O sol voltou a brilhar lá fora. Agora.


Aqui fica o referido e sublime poema. Letra para música de Ornatos Violeta...

Capitão Romance

Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar

Parto rumo à primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que desistem
Antes de morrer

Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei em nada
Do que em mim tocou
Eu vi
Mas não agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver pra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro para sentir

E dar sentido à viagem
Para sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz coragem
Volto a partir em paz

Eu vi
Mas não agarrei

terça-feira, 27 de março de 2007

Não compliquem


Floreados, arranjos e cores são todos eles meios para a abstracção.

Se não tem a certeza do que vai dizer, ou não quer que percebam o que vai dizer nada mais tem a fazer senão começar a dispersar e a usar palavras cujo significado ninguém conhece. Resultado garantido. E quanto mais tempo andar à volta do assunto, sem nunca realmente falar sobre ele, melhor será o "efeito carrocel".

As pessoas distraem-se com os floreados, arranjos e cores. Adoram-nos muito mais do que o próprio conteúdo. Podem não perceber rigorosamente nada do que se está a discutir, mas sabem sempre dizer se orador fala mal ou se fala bem. Porquê? Por causa dos floreados, arranjos e cores. (Quantos mais, melhor. Claro!)

O que me leva a escrever tudo isto não é fazer um apelo à superficialidade, atenção. Eu abomino todos os que se escondem atrás de palavras, confusões temáticas ou ideias turvas e mal suportadas. São perigosos. Por mais que tentemos decifrar o seu enigma, jamais saberemos o que pensam, o que defendem ou o que temem.

Esses ainda não perceberam que a beleza reside precisamente em falar sobre o transcendente utilizando a simplicidade dos puros.

Há pessoas que têm uma tendência inata para complicar o que pode ser simples... Floreados, arranjos e cores!



segunda-feira, 26 de março de 2007

O que tem de ser tem muita força...

Mais uma semana. Pobre de ti, ainda hoje começaste e já me cansas!
Mas nem tudo são coisas más... E a segunda-feira é sempre um dia difícil. A adaptação do "não faz nenhum" para o bombardear de aulas, avaliações e trabalhos nunca foi muito pacifica para mim.

Já agora, pude aperceber-me que hoje as pessoas estavam particularmente "criativas". Fiquem com as....

Frases do dia:

  • "Isto é uma nota, um pequeno à parte, entre parentesis" (Eu)
  • "Quem é do PCP?" - perguntou o R. - "Eu, eu sou do Millenium BCP!!" (Eu)
  • "Vieram à aula anterior... Estão a ver?! Meninas tão pequeninas e já aprendem tantas coisas!" (Prof. M.)
  • "Esteja descansada que não lhe vamos furar a gengiva" (Prof. M.)
  • "Se eu nunca vi, é porque não existe!" (Prof. C.)
  • "Não sei se estes Sr.s se chamam Oclusionistas!" (Porf. C., aula de Oclusão)
  • "No tempo em que eu me formei, os supositórios eram uma panaceia." (Prof. M., aula de Farmacologia)

domingo, 25 de março de 2007

Rio Meu



Há anos que procurava esta Maravilha da poesia portuguesa. Foram vezes sem conta que cantei "existe um rio, a sina de quem nasce fraco ou forte" e por ali me ficava, tentando imaginar quais as seguintes rimas que Carlos do Carmo cantava. Frustração imensa, devo confessar.... E sem querer, eis que ela surge aos meus olhos num qualquer site que nem eu mesma sei como descobri. Mais uma prova de que parar é morrer!





No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.

No teu poema
existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.

Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaçodo corpo que adormece em cama fria.

Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem caiou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.

No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.

Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem caiou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.


José Luis Tinoco


Poema que ecoa no meu pensamento. Leva-me tão longe. Talvez onde eu nunca estive. E é aí que reside a beleza da música e da poesia...
Deixam-nos sonhar!

sábado, 24 de março de 2007

Genesis

O primeiro. Talvez o mais difícil de escrever. Não estão criados hábitos porque a linha condutora ainda não foi estabelecida.
Estou livre para inventar realidades, vidas, acontecimentos que nunca foram os meus. Posso mentir, exagerar, ocultar. Até posso falar sobre a minha verdade. Ninguém saberá. Ninguém me vai julgar. Estou livre.