quarta-feira, 26 de maio de 2010

somewhere, someday, somehow




Arrancou tudo. Arancou, atirou aquilo para o chão. Já não lhe pertencia. Os seus ombros já se tinam curvado tanto.... Quis desfazer-se de tudo e mais se fosse possivel.  Por que já não era a mesma realidade. Depois e tudo o que se tinha passado, era realmente natural que aquilo fosse avante. Não se vai coibir de acordar com o sol a bater na face. Afinal, impele sempre a força os mais fortes. Os grandes de espírito não se têm de mostrar. São-no e pronto. Apenas se fazem sentir. E quem assim é, vive sempre porque vive para dar vidas. Ao senti-los vemo-los com os olhos de quem descobriu a verdade, renasceu para a vida e despertou a sua humanidade.
Humanidade estéril esta que não ensina os seus filhos a amarem os seus irmãos. Destruam-se, roam-se, amem-se. 3 Sinónimos? Ironia, talvez. Quem sofre é que sabe.

Já dizia o outro,

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Drummond

(meu Deus e outras tantas coisas...). Perdoa que escreves tudo solto no ar, nos dedos. A revolução passou por qui também.

Os joelhos rasgados dobraram-se no ar e no chão se cravaram. O pó no ar com a pancada.
O tronco curvado sobre si, deixando todo o peso dos ombros cair naquele corpo morto, amolecido. O tronco curvado sobre si e todo tombado para a frente.
Caíam também os braços que se ampararam num chão que já nada tinha senão pó. O pó no ar, a água no chão. Coração entre pó e água. Névoa. Cara no pó.
Ali estava, qual touro na arena.

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